quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cheque-mate na maior escola de música gratuita de SP

A Emesp, antiga ULM Tom Jobim (Universidade Livre de Música Tom Jobim), um patrimônio do ensino musical gratuito em São Paulo que ao longo de sua trajetória esteve de braços abertos para estudantes de todo o país, está com seus dias contados.
Segundo documentos de professores e uma comissão de alunos, esse são os planos futuros da atual direção da escola -  gerida pela OS Santa Marcelina, ligada à Faculdade Santa Marcelina e à Secretaria Estadual de Cultura de SP. 
O argumento é o de sempre: a falta de verba. Será? A faca no peito da ULM, segundo informações de docentes e uma comissão de alunos, já está sendo amolada e, a partir de janeiro, haverá corte de 50% dos cursos populares, redução da carga horária dos alunos e demissão de parte do quadro de professores, além da mudança drástica na orientação e proposta pedagógica da escola, que de “curso livre” passará a oferecer um “curso técnico” de música.
É redundante e repetitivo dizer que o ensino público de música no Brasil desde sempre esteve na berlinda de ser totalmente extinto. A ULM não pode morrer na praia. Há anos ela ajuda a construir, pela música, um caminho real de socialização, educação e consolidação da cidadania.
Esperamos que o pragmatismo acadêmico dê espaço para a sensibilidade, para a música. Que os números e cálculos que estão sendo feitos sejam lidos da mesma forma como aprendemos numa partitura: soma, continuidade, fluidez, e não subtração. É na vida de uma ULM que brotam Pixinguinha (s), Elis(es), Jacob (s) do Bandolim, Tom (ns) Jobim (ns), Vinicius, Proveta (s), Baden (s), Cesar (s) Camargo, Gilberto Gil (s), Caetano (s), Elizeth (s), Yamandú (s), Hamilton (ns) de Holanda, Hermeto (s)…







Depoimento de Fabiana Cozza, ex-aluna da antiga ULM Tom Jobim.










Fonte: http://colunistas.yahoo.net/posts/6155.html

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