quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cine MS: Pink Floyd - The Wall


Ok, ok... Já consigo até imaginar, fãs do Pink Floyd emocionados com essa nova postagem...

The Wall é o 11º álbum de estúdio da banda Pink Floyd, lançado no dia 30 de novembro de 1979.

O tema principal dessa postagem é o filme, sim, existe um, ao qual foi baseado no álbum The Wall da banda. Entretanto, como nem todos conhecem a banda e/ou o filme, irei fazer uma pequena explicação sobre a banda inglesa de rock progressivo.
Com vocês...
                                      Pink Floyd - The Wall 




A banda

Ok, não precisam gritar. Eu sei que essa é a capa do 8º álbum da banda " The Dark Side of the Moon", mas como é uma das imagens mais divulgadas da banda, serve pra dar uma ajuda aos leigos.
Como disse anteriormente, o Pink Floyd é uma banda inglesa, formada em Cambridge, em 1965. Seu caráter psicodélico e progressivo é marcado pelo uso de letras filosóficas e experimentações musicais, como podem ver abaixo:




Enfim, eu poderia passar horas falando sobre a banda... Mas vamos ao motivo principal que os trouxe até aqui:

O filme


Pink Floyd The Wall é um filme em live-action/animação musical produzido no ano de 1982 pelo diretor britânico Alan Parker, baseado no álbum The Wall, da banda Pink Floyd. O roteiro foi escrito pelo vocalista e baixista da banda, Roger Waters, e possui poucos diálogos, sendo mais metafórico e movido pelas músicas de fundo sendo interpretadas e sequências de animação, dirigidas pelo cartunista político Gerald Scarfe. Apesar de Waters ter sido cogitado para o papel do protagonista do filme, o músico e ator Bob Geldof, da banda punk The Boomtown Rats, estreia como o roqueiro frustrado Pink.
O filme é encarado por muitos como um mega videoclipe, já que apenas duas das músicas que existem no disco não foram para o filme: "Hey You" (que mais tarde apareceu como material extra no DVD do filme) e "The Show Must Go On". Mas outros encaram como um musical, o que não pode ser bem verdade já que apenas duas músicas são realmente cantadas: "Stop" e "In The Flesh" enquanto as outras são apenas versões de estúdio das músicas do álbum.

Sinopse

O filme relata a história de Pink, um depressivo roqueiro superstar que enlouquece lentamente num quarto de hotel em Los Angeles. Este desenvolve sua trajetória a partir da juventude, quando o pai do cantor morre na Segunda Guerra Mundial (ao som de "When the Tigers Broke Free")  - referência a Eric Fletcher Waters, o pai de Roger Waters.

Você pode encontrar o filme aqui.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Artigo: a voz alta da Música Potiguar Brasileira

Por: Lívio Oliveira

Na mesma semana em que tivemos a inestimável e dolorosa perda de um dos maiores de nossos músicos – o talentoso mestre da guitarra e elevado ser humano chamado Manoca Barreto – nos veio uma visceral, arrebatadora e avassaladora apresentação da cantora e compositora Khrystal no programa global The Voice Brasil. Essas situações fortes nos provocam a reflexão sobre qual é o verdadeiro valor que temos dado às nossas artes e cultura e aos seus fazedores. Fico pensando se, em vida, Manoca teve o reconhecimento de público (e até mesmo de certa parte vacilante da crítica) que merecia e ainda merece a sua obra. E fico aqui ruminando sobre os efeitos reais dos ótimos atrevimentos e da coragem de Khrystal, que se jogou de corpo e alma num empreendimento nacional de altíssimo risco.


Quanto a Khrystal, não vou e nem quero criticar as entusiásticas bajulações das marias-vão-com-as-outras que a diva popular vem recebendo em decorrência de sua já vitoriosa participação no programa. Isso é normal e, de certa forma, até esperado e aceitável. Ou será que Khrystal iria querer ficar sem os muitos elogios e paparicos, sinceros ou não, que vem recebendo ao longo desses dias? Os “elojoios” também fazem parte, claro! Somente peço que vão muito além disso e que percebam uma coisa, a princípio oculta, mas essencial nesse momento: a força “política” dos grandes lances de ousadia que a nossa cantora potiguar tem empreendido nessa dura batalha artístico-musical.

Quem pensa que Khrystal apenas trabalha um projeto de realização pessoal está muito, muitíssimo enganado. Ela está, sim, dando forma e liderando uma pequena revolução no formato estético meio que pasteurizado imposto pela Globo, o que talvez ainda não tenha sido percebido pela grande massa que assiste ao programa e talvez sequer pelos críticos de TV (se é que existem!). E ela tem colocado na vitrine a pujança e a firme qualidade da excelente música que se faz no Rio Grande do Norte há um bocado de tempo (os exemplos e nomes são tão numerosos que não caberiam jamais aqui).

Quero acreditar que a própria cantora/compositora tem a plena consciência da mudança de paradigmas que está trazendo nesse instante de certa letargia na cultura brasileira e na padronização estética vivenciada, inclusive e principalmente na música que chega às rádios e TVs. O que quero realçar mesmo é que Khrystal deverá realizar valiosas e sagradas transgressões (a dramática interpretação de “A Carne” sinalizou bem nesse sentido) até o final da edição do programa. De certa forma, tem nos trazido um pouco do sentimento dos velhos e bons festivais, em que não se trabalhava a fórmula de “show de calouros de luxo”. Khrystal vai além, muito além, levando suas cargas emocional, social e criativo-artística que rompem qualquer barreira. E, além de tudo, ergue altaneira sua voz e a bandeira da Música Potiguar Brasileira, esse mesma que o grande Manoca ergueu com dignidade. Que o nosso povo nunca esqueça o que fizeram e têm feito esses e tantos outros nomes da música do RN em prol dessa grande arte! Oxalá!


* Lívio Oliveira é procurador federal e escritor ( livioliveira@yahoo.com.br )

Fonte: Tribuna do Norte