Começamos com o primeiro Musimídia da Semana de 2011 e espero que o ano tenha começado bem para vocês e que seja um excelente ano para todos. Como não podia deixar de fazer e como muitos sabem, Lula agora é ex-presidente e a atual é a Dilma Rousseff. Vamos esperar que o mandato dela seja próspero e que seja tão lindo quanto o discurso que ela e todos os presidentes fazem antes se assumir o poder. Sei que boa parte das pessoas que votaram no Serra e/ou outros candidatos andam bem descrentes com a atual presidenta, por ela não ter experiência alguma e por acreditarem que ele poderia trazer mais benefícios ao país do que a mulher eleita, mas "vamos ver no que é que dá" e torcer para que as coisas apenas melhorem.
Com o breve discurso político terminado, vamos à música, que é o que interessa aqui.
Quis, mais uma vez, dar ênfase à música e não ao cantor ou ao instrumentista, pois a música é bastante conhecida, tanto entre aqueles que estudam a música clássica quanto aos leigos em música, que já devem tê-la ouvido em algum filme ou evento.
Estamos falando da Habanera da ópera Carmen do compositor francês Georges Bizet. É uma música muito executada e muito famosa da ópera (talvez a mais famosa) e já foi executada em trechos de comédia de alguns filmes de Hollywood, porém, a música tem um ar de sensualidade, afinal, a personagem da ópera é tida como uma mulher muito sensual e desejada por todos os homens. Ela é cigana e trabalha numa fábrica de cigarros da Espanha. Apesar disso, a ópera inteira está em francês, incluindo a música que é o destaque de hoje.
Por ela ser muito cobiçada por todos os homens, alguns que passam perto da fábrica só para ver as belas mulheres que trabalham lá e antes dela cantar essa ária (música solo), os homens, em coro, cantam perguntando a Carmen quando ela iria amá-los e ela responde, com um recitativo (melodia em que os solistas falam cantando, literalmente, com pouco acompanhamento instrumental) que diz:
"Quand je vous aimerai? (Quando hei de amá-los?)
Ma foi, je ne sais pas, (Ora essa, eu não sei,)
Peut-être jamais, peut-être demain. (Talvez nunca, talvez amanhã.)
Mais pas aujourd'hui, c'est certain" (Mas hoje não, com certeza)
Era uma mulher poderosa e que brincava com o coração dos homens que a amavam. Depois dessa "tiração de onda" com os homens que a queriam, ela canta a música que é o tema principal da ópera, que é quando ela fala de amor. Por vezes, a música é referida como L'amour est un oiseau rebelle, que significa "O amor é um pássaro rebelde". A ária conta, praticamente, toda a história da ópera Carmen, pois a trama dela é toda em volta de amores não correspondidos e do amor, que não é algo previsível, pois de repente, o "santinho" da história pode ser o novo amante da mulher mais cobiçada (a Carmen) ou o homem, que é um toureiro respeitado e admirado, pode querer o coração da mais cobiçada, mas não consegue de início... E bem... Só assistindo a ópera para saber o resto. Hehe! Mas a música fala sobre o quanto o amor é imprevisível e que quando a Carmen gosta de alguém, é melhor tomar cuidado...
Não só em concertos musicais e em recitais, mas a música é tocada, inclusive, em apresentações de balé e não apenas na dança clássica, mas em danças mais contemporâneas como o flamenco, devido à protagonista da história ser uma cigana.
Logo abaixo, a letra com a tradução!
Habanera
L'amour est un oiseau rebelle (O amor é um pássaro rebelde)
que nul ne peut apprivoiser (que ninguém pode aprisionar,)
et c'est bien en vain qu'on l'appelle (de nada serve chamá-lo)
s'il lui convient de refuser. (pois só vem quando quer.)
Rien n'y fait; menace ou prière, (De nada servem ameaças ou súplicas,)
l'un parle bien, l'autre se tait (um fala bem, o outro cala-se)
et c'est l'autre que je préfere, (é o outro que prefiro,)
il n'a rien dit, mais il me plaît. (não disse nada, mas agrada-me.)
L'amour est enfant de Bohême, (O amor é filho da boemia,)
il n'a jamais, jamais connu de loi; (que nunca, nunca conheceu qualquer lei;)
si tu ne m'aimes pas, je t'aime; (se não me amares, eu te amarei;)
si je t'aime, prends garde à toi... (se eu te amar, toma cuidado...)
L'oiseau que tu croyais surprendre (O pássaro que julgavas surpreender)
battit de l'aile et s'envola... (bateu asas e vôou...)
L'armour est loin, tu peux l'attendre (O amor está longe, podes esperá-lo)
tu ne l'attends plus... il est là (já não o esperas... aí está ele...)
Tout autour de toi, vite, vite, (À tua volta, depressa, depressa,)
il vient s'en va, puis il revient... (ele vem, ele vai, depois volta)
tu crois le tenir, il t'évite; (Julgas tê-la apanhado, ele te escapa;)
tu crois l'éviter, il te tient. (julgas que te fugiu, ele agarra-te.)
L'amour est enfant de Bohême, (O amor é filho da boemia,)
il n'a jamais, jamais connu de loi; (que nunca, nunca conheceu qualquer lei;)
si tu ne m'aimes pas, je t'aime; (se não me amares, eu te amarei;)
si je t'aime, prends garde à toi! (se eu te amar, toma cuidado!)
L'amour est un oiseau rebelle (O amor é um pássaro rebelde)
que nul ne peut apprivoiser (que ninguém pode aprisionar,)
et c'est bien en vain qu'on l'appelle (de nada serve chamá-lo)
s'il lui convient de refuser. (pois só vem quando quer.)
Rien n'y fait; menace ou prière, (De nada servem ameaças ou súplicas,)
l'un parle bien, l'autre se tait (um fala bem, o outro cala-se)
et c'est l'autre que je préfere, (é o outro que prefiro,)
il n'a rien dit, mais il me plaît. (não disse nada, mas agrada-me.)
L'amour est enfant de Bohême, (O amor é filho da boemia,)
il n'a jamais, jamais connu de loi; (que nunca, nunca conheceu qualquer lei;)
si tu ne m'aimes pas, je t'aime; (se não me amares, eu te amarei;)
si je t'aime, prends garde à toi... (se eu te amar, toma cuidado...)
L'oiseau que tu croyais surprendre (O pássaro que julgavas surpreender)
battit de l'aile et s'envola... (bateu asas e vôou...)
L'armour est loin, tu peux l'attendre (O amor está longe, podes esperá-lo)
tu ne l'attends plus... il est là (já não o esperas... aí está ele...)
Tout autour de toi, vite, vite, (À tua volta, depressa, depressa,)
il vient s'en va, puis il revient... (ele vem, ele vai, depois volta)
tu crois le tenir, il t'évite; (Julgas tê-la apanhado, ele te escapa;)
tu crois l'éviter, il te tient. (julgas que te fugiu, ele agarra-te.)
L'amour est enfant de Bohême, (O amor é filho da boemia,)
il n'a jamais, jamais connu de loi; (que nunca, nunca conheceu qualquer lei;)
si tu ne m'aimes pas, je t'aime; (se não me amares, eu te amarei;)
si je t'aime, prends garde à toi! (se eu te amar, toma cuidado!)
Espero que tenham gostado do Musimídia dessa semana e até a próxima!
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