A banda mais irreverente da música brasileira está de volta. Ao menos, no cinema. Quinze anos após o acidente aéreo que causou a morte dos Mamonas Assassinas, no auge do sucesso, em 2 de março de 1996, chega às telas brasileiras (o lançamento ainda não tem data marcada) o documentário Mamonas pra sempre. Dirigido por Cláudio Kahns, o filme traz imagens inéditas de bastidores, registradas pelo próprio quinteto, além de depoimentos de familiares, amigos e empresários. Merecida homenagem aos Mamonas, o longa diverte, emociona e nos deixa com mais saudades.
De forma linear, Mamonas pra sempreresgata os primórdios da banda, em 1989, quando Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli eram conhecidos apenas em Guarulhos, periferia de São Paulo. Um dos grandes momentos do documentário é a filmagem caseira que mostra a primeira participação de Dinho como vocalista do grupo, fruto do acaso (ou do destino). Em 1990, alguém pediu uma música do Guns N’ Roses em um show da banda Utopia, embrião dos Mamonas. Como ninguém sabia a letra, Dinho, na plateia, candidatou-se a quebrar o galho. Deu mais do que certo.
Depois de mostrar a formação do grupo, o documentário embarca no sucesso da banda, com trechos dos programas de televisão de que eles participaram. Mas o destaque, mesmo, são as filmagens dos próprios Mamonas.
Na intimidade dos camarins e das excursões pelo país inteiro, com o quinteto ainda mais à vontade, é possível compartilhar da alegria que eles emanavam e perceber que, na frente ou atrás das câmeras, eles não tinham máscaras. Eram assim mesmo, hilários e especiais.
Às vezes, o documentário se perde, quando fala da influência da namorada de Dinho na banda e quando classifica a personalidade de cada um dos integrantes, por exemplo.
As músicas são pouco exploradas e a tentativa de fazer gracinha com o uso de animações não dá resultado. Sem querer apelar para o sentimentalismo, o documentário acerta ao não explorar o acidente drástico que deixou o país de luto e pôs fim à carreira dos Mamonas Assassinas. Uma trajetória tão curta quanto inesquecível.
Fonte: Correio Braziliense
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